segunda-feira, 9 de abril de 2012
quarta-feira, 4 de abril de 2012
VERSÃO DO SAMBA DE BREAK NA SEMI-FINAL DO EXPOSAMBA
Versão do SAMBA DE BREAK (Brunno Damasceno) na semi-final do EXPOSAMBA
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
EXPOSAMBA
Amigos, com minha participação no EXPOSAMBA não tive muito tempo de atualizar o blog, mas deixo alguns vídeos e noticias da minha caminhada no concurso, grande abraço e obrigado a força de todos. Estou na segunda fase e muito feliz com o resultado obtido.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSMnLGYvsNCfO3txWGLaPeWLNfUsB0_0B42MuAjJqGLvlCaJO-Jm9oh1eHmZZ65WO1lCDMlXYoRJCT9YKQ5AY5htFy2Nq-9J1eCaFhdS6a-dWeEHuiW8SNYWANHpbVd_qGIKUieGxKRmE/s1600/bruno+damasceno.jpg
http://g1.globo.com/mostra-sao-paulo-exposamba/noticia/2012/01/sp-exposamba-ja-tem-70-selecionados-de-14-estados-e-do-df.html
http://g1.globo.com/mostra-sao-paulo-exposamba/noticia/2012/01/proxima-fase-da-sp-exposamba-tera-shows-de-artistas-famosos.html
http://g1.globo.com/mostra-sao-paulo-exposamba/noticia/2012/01/sp-exposamba-tem-mais-dez-classificados-neste-sabado.html
http://www.agazetadoacre.com/index.php?option=com_content&view=article&id=26075:la-e-ca&catid=113:marcos-vinicius&Itemid=165
http://www.youtube.com/watch?v=vIAZqxGlyp0&feature=youtube_gdata_player
http://www.youtube.com/watch?v=tQhKjaL4h_Y&feature=youtube_gdata_player
Brunno Damasceno
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSMnLGYvsNCfO3txWGLaPeWLNfUsB0_0B42MuAjJqGLvlCaJO-Jm9oh1eHmZZ65WO1lCDMlXYoRJCT9YKQ5AY5htFy2Nq-9J1eCaFhdS6a-dWeEHuiW8SNYWANHpbVd_qGIKUieGxKRmE/s1600/bruno+damasceno.jpg
http://g1.globo.com/mostra-sao-paulo-exposamba/noticia/2012/01/sp-exposamba-ja-tem-70-selecionados-de-14-estados-e-do-df.html
http://g1.globo.com/mostra-sao-paulo-exposamba/noticia/2012/01/proxima-fase-da-sp-exposamba-tera-shows-de-artistas-famosos.html
http://g1.globo.com/mostra-sao-paulo-exposamba/noticia/2012/01/sp-exposamba-tem-mais-dez-classificados-neste-sabado.html
http://www.agazetadoacre.com/index.php?option=com_content&view=article&id=26075:la-e-ca&catid=113:marcos-vinicius&Itemid=165
http://www.youtube.com/watch?v=vIAZqxGlyp0&feature=youtube_gdata_player
http://www.youtube.com/watch?v=tQhKjaL4h_Y&feature=youtube_gdata_player
Brunno Damasceno
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
Extra! Extra! O samba que é o Acre lá!!!!
Fonte: http://www.agazetadoacre.com/index.php?option=com_content&view=article&id=26075:la-e-ca&catid=113:marcos-vinicius&Itemid=165
O Acre tem coisas que são muito interessantes mas, ao mesmo tempo, muito difíceis de compreender. Por exemplo, nunca consegui encontrar uma explicação consistente para o fato de Xapuri produzir tantos e tão bons escritores. Ainda mais se levarmos em consideração que é uma característica que vem de longe e permanece até os dias de hoje. E isso é fácil de constatar, basta lembrar que, para ficar só nos mais notórios, foi de Xapuri que saíram escritores como Océlio de Medeiros, Jorge Kalume e, o maior de todos, Armando Nogueira.
O mesmo parece acontecer com Tarauacá só que na área musical. Será que existe algo de diferente na água daquele rio? Sei lá. Só sei que foi lá que o extraordinário Mozart Donizeti, autor da melodia do hino acreano atuava antes de se mudar para Cruzeiro do Sul, onde perdeu a vida. O certo é que esta importante cidade acreana é um manancial inesgotável de talentos musicais, tais como: Vicente Nery, Auricélio Guedes (criado lá), Zé Pretinho, o Eules (que nasceu em Cruzeiro, cresceu em Tarauacá e toca por aqui), o melhor guitarrista acreano Charles Sampaio e seu irmão Jesus Sampaio, Rogério Craveiro e os meus amigos Aarão Prado, roqueiro do Camundogs e o sambista Brunno Damasceno.
E foi este último que colocou o Acre na ponta do cenário musical deste início do ano. É que a Fábrica do Samba está realizando a “São Paulo Exposamba” com apoio do governo do Estado de São Paulo, da Prefeitura de São Paulo, incentivo cultural do Ministério da Cultura e promoção do portal G1 da Globo. Um evento que busca “fazer com que São Paulo retome o papel que exerceu de 1960 a 1970, de ser a caixa de ressonância da música brasileira, principalmente do samba” afirma José Maria Monteiro, organizador do concurso.
Para transformar a cidade de São Paulo na capital do samba a partir deste mês de janeiro o portal G1 recebeu inscrições de sambas de todo o Brasil. E entre os classificados para participar da fase seletiva está o grupo Roda de Samba, formado por Brunno Damasceno, Anderson Liguth, Paulo Perfeito e Hériko Rocha, concorrendo com uma composição do Brunno, o “Samba de Break” que faz uma critica bem humorada sobre o descaso com o samba de breque aqui no Brasil, ao mesmo tempo em que é sucesso nos Estados Unidos. Para assistir o vídeo do samba acreano basta acessar http://g1.globo.com/videos/mostra-sao-paulo-exposamba/t/geral/v/mostra-sao-paulo-exposamba-BRUNNO-DAMASCENO-CRAVEIRO/1741899).
No fim de semana passado já aconteceu a primeira eliminatória com a apresentação de duzentos concorrentes, dos quais foram classificados os dez melhores na opinião dos jurados e assim continuará acontecendo nos próximos fins de semana para a escolha da melhor nova composição de todo o Brasil, constituindo assim a maior mostra deste estilo musical já realizada no país.
No dia 21 de janeiro, será a vez de Brunno defender sua composição no CEU de Campo Limpo, concorrendo com 19 outros compositores em busca de duas vagas na próxima fase do concurso. Mas, só o fato de estar entre os classificados desta etapa já faz do Brunno e do Grupo Roda de Samba vencedores... O que não impede a galera local de torcer para que o samba do Acre conquiste seu espaço entre os melhores do país.
Acho que vou até apelar para uma antiga tradição de Tarauacá e fazer uma das rezas ensinadas pelo “Pestana Branca” para garantir nosso Brunnão por lá... Afinal, como ele mesmo diz: É nóis, seu pandego!!!!
O mesmo parece acontecer com Tarauacá só que na área musical. Será que existe algo de diferente na água daquele rio? Sei lá. Só sei que foi lá que o extraordinário Mozart Donizeti, autor da melodia do hino acreano atuava antes de se mudar para Cruzeiro do Sul, onde perdeu a vida. O certo é que esta importante cidade acreana é um manancial inesgotável de talentos musicais, tais como: Vicente Nery, Auricélio Guedes (criado lá), Zé Pretinho, o Eules (que nasceu em Cruzeiro, cresceu em Tarauacá e toca por aqui), o melhor guitarrista acreano Charles Sampaio e seu irmão Jesus Sampaio, Rogério Craveiro e os meus amigos Aarão Prado, roqueiro do Camundogs e o sambista Brunno Damasceno.
E foi este último que colocou o Acre na ponta do cenário musical deste início do ano. É que a Fábrica do Samba está realizando a “São Paulo Exposamba” com apoio do governo do Estado de São Paulo, da Prefeitura de São Paulo, incentivo cultural do Ministério da Cultura e promoção do portal G1 da Globo. Um evento que busca “fazer com que São Paulo retome o papel que exerceu de 1960 a 1970, de ser a caixa de ressonância da música brasileira, principalmente do samba” afirma José Maria Monteiro, organizador do concurso.
Para transformar a cidade de São Paulo na capital do samba a partir deste mês de janeiro o portal G1 recebeu inscrições de sambas de todo o Brasil. E entre os classificados para participar da fase seletiva está o grupo Roda de Samba, formado por Brunno Damasceno, Anderson Liguth, Paulo Perfeito e Hériko Rocha, concorrendo com uma composição do Brunno, o “Samba de Break” que faz uma critica bem humorada sobre o descaso com o samba de breque aqui no Brasil, ao mesmo tempo em que é sucesso nos Estados Unidos. Para assistir o vídeo do samba acreano basta acessar http://g1.globo.com/videos/mostra-sao-paulo-exposamba/t/geral/v/mostra-sao-paulo-exposamba-BRUNNO-DAMASCENO-CRAVEIRO/1741899).
No fim de semana passado já aconteceu a primeira eliminatória com a apresentação de duzentos concorrentes, dos quais foram classificados os dez melhores na opinião dos jurados e assim continuará acontecendo nos próximos fins de semana para a escolha da melhor nova composição de todo o Brasil, constituindo assim a maior mostra deste estilo musical já realizada no país.
No dia 21 de janeiro, será a vez de Brunno defender sua composição no CEU de Campo Limpo, concorrendo com 19 outros compositores em busca de duas vagas na próxima fase do concurso. Mas, só o fato de estar entre os classificados desta etapa já faz do Brunno e do Grupo Roda de Samba vencedores... O que não impede a galera local de torcer para que o samba do Acre conquiste seu espaço entre os melhores do país.
Acho que vou até apelar para uma antiga tradição de Tarauacá e fazer uma das rezas ensinadas pelo “Pestana Branca” para garantir nosso Brunnão por lá... Afinal, como ele mesmo diz: É nóis, seu pandego!!!!
Marcos Vinicius Neves ( mvneves27@gmail.com Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. )
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
"Vâmo" de Samba!
Grupo Roda de Samba canta SAMBA DE "BREAK" no Idéias da Aldeia
Grupo Roda de Samba canta FUTUROS AMANTES (Chico Buarque)
Grupo Roda de Samba canta FUTUROS AMANTES (Chico Buarque)
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
O europeu gosta de Chico Buarque e de Michel Teló
Carta Capital - http://www.cartacapital.com.brPostado por Fernando Vives
Há poucos meses, vivi um dos sonhos da classe emergente brasileira: paguei uns 18 carnês e fui conhecer a Europa pela primeira vez.
Em Berlim, cidade de onde aponta o dedo em riste de Angela Merkel para o restante dos vizinhos europeus atolados em dívidas, entrei em uma loja de departamentos, daquelas gigantescas nas quais você pode comprar desde um chaveirinho até um trator, se assim quiser (exagero, claro, mas não muito). Ressalto que esse negócio de crise pegou todo mundo pela Europa, mas a Alemanha discretamente vai muito bem, Danke.
Pois bem. Houve um momento dentro daquele templo de consumo (adoro esse clichê, soa sempre tão bonito) que meus ouvidos tupiniquins foram surpreendidos com a familiar melodia de um axé brasileiríssimo, um desses onomatopeicos que há pelo menos 15 anos rimam amor com calor com Pelô. Pensei na hora que o axé já teve momentos interessantes, lá no início dos anos 1990, e depois virou uma cópia de si mesmo que sobrevive até hoje.
Mas tudo passa, inclusive aquele axé, imediatamente sucedido por um rap americano moderninho, um desses cantados sempre por um sujeito com boné atolado na cabeça a fazer gestos com as mãos, cuja letra sempre dizia “Fuck! Fuck! Fuck!”, ou coisa parecida. Na sequência, enquanto eu circulava pela loja, a caixa de som soltou um rap alemão, também não muito criativo musicalmente, e uma daquelas canções meladas da Mariah Carey, que fez as louças da seção de cristais fazerem caretas inenarráveis enquanto lutavam para não explodir em depressão profunda com os agudos da cantora.
Aí veio a epifania, como se uma jaca caísse na cabeça de Newton: me incomodei com o brasileiríssimo axé no início, mas as músicas que vieram na sequência me fizeram sentir uma saudade imensa, milenar e total daquelas rimas de amor com calor com Pelô. A batida da música é animada e, numa festa, nos convida naturalmente a dar alguns passinhos, o que está longe de ser praxe na música lá fora. Então passei a ver vantagem.
A música brasileira desde muito é aplaudida pelo europeu, tanto aquela mais artística quanto a puramente comercial. Em 1989, Chico Buarque gravou um disco ao vivo em Paris, no teatro Le Zenith, que causou palpitações mil nos franceses. Na mesma época, o grupo Kaoma cantou que chorando se foi quem um dia só fez chorar alguém da banda, e também foi aplaudidíssimo pelos franceses, muitos dos quais também deveriam ser fãs de Chico Buarque.
E falei sobre tudo isso para chegar no Michel Teló, o cantor paranaense de sertanejo universitário (essa chancela de “universitário” para tipos musicais popularescos, só para tentar atrair as classes mais abastadas, ainda merece um tratado de sociologia sobre o Brasil atual) que se transformou talvez na maior febre musical da Europa nesse inverno de lá. Não preciso detalhar que Teló está muito mais para Kaoma que para Chico Buarque. O fato é que tem muita gente incomodada com o sucesso do sertanejo na Europa, como se ele fosse um embaixador vergonhoso da música brasileira.
O sucesso europeu de Teló surgiu quando o jogador português do Real Madrid, Cristiano Ronaldo, marcou um gol e saiu comemorando com a dancinha de “Ai se eu te pego”, o maior hit do cantor, na frente das câmeras junto com o jogador brasileiro Marcelo, seu amigo que apresentou-lhe a música. Aí foi um rastilho de pólvora: há versões da música em espanhol, inglês, holandês e italiano. E algumas outras virão por aí. Já é considerada em vários países a nova Macarena. Hoje, por toda a Europa, dificilmente existe uma festa sem “Ai se eu te pego”. Surrealmente, até o exército israelense entrou na onda: integrantes da sua tropa de elite fizeram um vídeo com a dancinha, o que causou celeuma em Israel.
Vale a piada de que a crise na Europa é tão feia que até o Michel Teló anda fazendo sucesso por aquelas bandas. Não gosto da música dele, como não gosto de Mariah Carey. Porém, se começarmos a selecionar música boa da ruim, inevitavelmente cairíamos em uma discussão autoritária e perigosa. Lá fora como no Brasil, há espaço tanto para a música boa e para a música ruim, e essa definição fica a critério de cada um. Eu tenho as minhas, o caro leitor terá as suas próprias. E que bom que os europeus estejam ouvindo os brasileiros. Se tem uma coisa que fazemos melhor que eles, certamente é música popular. Boa ou ruim.
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
Samba de presente de natal
O natal vem chegando, como é bom presentear quem se gosta, melhor do que presentear é dar realmente uma lembrança interessante, resolvi dar algumas dicas aos Caros Bambas que pensam em comprar um bom CD de samba no natal, ou receber, é claro!
Não estou fazendo propaganda para a BISCOITO FINO, mas acho que tal empresa tem as melhores opções, seguem as dicas:
veja aqui
TOM CANTA VINÍCIUS
veja aqui
NELSON PARA SEMPRE
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TANTAS MARÉS - EDU LOBO
veja aqui
CHICO
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
Dia do Samba, parabéns!
Tú vieste encarcerado em um navio negreiro, é certo que ainda não tinhas sua formação, você era totalmente uma sonoridade em construção, mas que início esfuziante tiveste, mas de que raiz forte vieste, talvez devido a isso esteja a explicação para tanta resistência, foste açoitado e humilhado, ao chegar em casa você se adequou rapidamente ao seu lugar, já eram cúmplices, Brasil e você, dois gigantes.
O tempo passou e o local de seu nascimento foi questionado, Bahia ou Rio? Tenho certeza que anos após você deu inspiração a um tal de Noel para escrever em versos que na verdade você nasceu dentro de nossos corações.
Seus seguidores foram perseguidos, foram vistos como marginais e mais uma vez você resistiu, tempos depois, de fato, mudaram sua estrutura, mas erraram quando disseram que você não percebeu. Percebeste sim, choraste, reclamaste e alguns te ouviram, socorreram-te.
Hoje de mãos dadas com seu grande parceiro chamado Brasil, fazes a alegria de um povo. Religião, cultura, modo de ser, não importa como te classificam, és o eterno Samba, és preto e branco, és pés descalços no chão, és mente de chapéu nas estrela, parabéns!
O tempo passou e o local de seu nascimento foi questionado, Bahia ou Rio? Tenho certeza que anos após você deu inspiração a um tal de Noel para escrever em versos que na verdade você nasceu dentro de nossos corações.
Seus seguidores foram perseguidos, foram vistos como marginais e mais uma vez você resistiu, tempos depois, de fato, mudaram sua estrutura, mas erraram quando disseram que você não percebeu. Percebeste sim, choraste, reclamaste e alguns te ouviram, socorreram-te.
Hoje de mãos dadas com seu grande parceiro chamado Brasil, fazes a alegria de um povo. Religião, cultura, modo de ser, não importa como te classificam, és o eterno Samba, és preto e branco, és pés descalços no chão, és mente de chapéu nas estrela, parabéns!
Brunno Damasceno
Texto postado no blog do Clube do Samba AC
Por que hoje é o dia do samba?
Sabe por que o Dia Nacional do Samba cai em dois de dezembro? Não, não é a data de nascimento de Tia Ciata. Também não é quando gravaram "Pelo Telefone". Muito menos quando Ismael Silva e os bambas do Estácio fundaram a Deixa Falar. O Dia Nacional do Samba surgiu por iniciativa de um vereador baiano, Luis Monteiro da Costa, para homenagear Ary Barroso. Ary já tinha composto seu sucesso "Na Baixa do Sapateiro", mas nunca havia posto os pés na Bahia. Esta foi a data que ele visitou Salvador pela primeira vez. Engraçado, não? A festa foi se espalhando pelo Brasil e virou uma comemoração nacional.
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
ZECA TORRES II - Um sambista acreano
José Evangelista Torres também conhecido como Zeca Torres Pequeno devido a sua pequena estatura e para diferencia-lo do Zeca Torres I (o compositor anterior) que era alto. Além do nome, os dois Zecas Torres tinham mais uma semelhança, o extraordinário talento musical. Mas as coincidências acabam ai. Zeca Torres II tinha um temperamento completamente oposto ao primeiro. Além de adorar uma bebida, seu estilo musical era alegre e popular, onde predominavam sambas e marchas. A todo momento durante essa pesquisa deparávamos com as histórias do Zeca Torres Pequeno. Ou seja, por seu estilo de vida, ele tornou-se um personagem folclórico da musica acreana...
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
Zeca Torres 1
Ao visitar o blog do professor Marcos Vinícius tive a felicidade de ler uma postagem sobre o Zeca Torres, considerado um dos melhores músicos que já existiu no Acre e o texto fala um pouquinho sobre samba, conheçam a história do Zeca Torres clicando AQUI
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
Ismael Silva explicando a diferença entre seu samba e o samba de Donga
Ismael Silva falava que a música feita por Donga não era Samba e sim Maxixe. Donga dizia que a música de Ismael era Marchinha e não Samba. Não importa! Na verdade os dois tipos de samba foram e são importantes para a cultura do samba no Brasil. Mas vejamos esse vídeo maravilhoso de Ismael Silva, explicando um pouco desse debate.
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
A VERDADE SOBRE O SAMBA OU APENAS UM ESCRITOR LOUCO?
Indico aos caros Bambas a leitura da parte do livro de LEANDRO NARLOCH, GUIA POLITICAMENTE INCORRETO DA HISTÓRIA DO BRASIL, que cita o samba, só para excitação inicial dos leitores adianto que o escritor chega a indicar que o início da história do samba no Brasil tem profunda influência fascista e também escreve que os primeiros bambas do Brasil, como: Pixinguinha, Donga e Sinhô não tinham o mínimo de preocupação com a cultura do samba, na verdade queriam mesmo era vender, ganhar dinheiro, ao final ele explica os dois estilos de samba (Donga X Ismael Silva) com a descrição de um diálogo maravilhoso entre os bambas, o texto é longo, mas vale muito a pena. Leiam!
SAMBA E FASCISMO
Um traço comum no carnaval de diferentes épocas e países é o de virar as regras do avesso. Durante as festas pagãs da Roma Antiga, que deram origem ao carnaval cristão, escravos e seus senhores invertiam os papéis: por um dia, eram os servos que mandavam. Uma inversão parecida acontecia na Idade Média. As pessoas faziam missas e procissões cômicas - no lugar dos padres, guiavam as cerimônias religiosas personagens bizarros como o Rei Momo. A véspera da quaresma liberava os foliões para tirar um sarro dos próprios costumes religiosos e da Igreja, autoridade indiscutível daquela época. Não havia tantos papéis trocados nos primeiros carnavais do Brasil, mas uma reviravolta de comportamentos também tomava conta.
Durante as festas conhecidas como entrudos, as pessoas atiravam bolas de cera nos outros e faziam guerrinhas d’água pela rua. Em 1832, ao visitar o carnaval de Salvador com dois tenentes da Marinha britânica, o jovem inglês Charles Darwin se assustou com os perigos do carnaval baiano. ”Estes perigos consistem principalmente em sermos, impiedosamente, fuzilados com bolas de cera cheias de água e molhados com esguichos de lata. Achamos muito difícil manter a nossa dignidade enquanto caminhávamos pelas ruas”, escreveu Darwin em seu diário. Por quase todo o país, a polícia até tentava conter os entrudos, mas raramente conseguia. A festa dura até hoje - em alguns blocos do interior, os carnavalescos ainda atiram água, confete e farinha uns nos outros. Na maior parte da história do Brasil, o carnaval foi uma algazarra deliciosamente sem noção.
Mas suponha que, de repente, um ditador bem metódico, militar e fascista, um ditador como o italiano Benito Mussolini, aliado de Hitler na Segunda Guerra Mundial, tivesse o direito de regular essa bagunça para
torná-la orgulho da nação. Como seria o carnaval organizado por Mussolini?
Imagino que não haveria personagens trocados, arremessos de bolas de cera ou guerrinhas d’água. Como em um desfile patriótico, os carnavalescos marchariam em linha reta, com tempo metodicamente marcado para cada evolução. Passariam diante das autoridades do governo e de jurados, que avaliariam a disciplina, o figurino e a média de acertos dos grupos, dando notas até dez. A organização do carnaval permitiria apenas músicas edificantes e patrióticas. Para ressaltar a pátria e deixar de fora a influência estrangeira, a melodia só poderia ser executada por instrumentos considerados da cultura nacional. Se adicionarmos algumas celebridades quase nuas e muitas penugens, o cenário fica parecido com a Sapucaí. Foi mais ou menos assim que nasceu o desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro. Seu formato atual deve muito a costumes e ideologias fascistas da década de 1930, além do interesse do presidente Getúlio Vargas de misturar sua imagem à cultura nacional e popular, exatamente como Mussolini fazia na Itália. Já havia desfiles em sociedades carnavalescas no começo do século 20, é verdade, mas a maioria das regras da apresentação moderna nasceu com o fascismo.
Em 1937, ano em que o governo de Vargas se tornaria uma ditadura bem parecida com a italiana, foi instituído que todos os sambas-enredos deveriam homenagear a história do Brasil. As primeiras regras de avaliação e ordem do desfile nasceram dois anos antes, quando o interventor federal do Rio de Janeiro, Pedro Ernesto, começou a dar dinheiro para as escolas. A apresentação ocorria na Avenida Rio Branco, o mesmo local onde as demonstrações militares comemoravam a Independência todo dia 7 de setembro. Os instrumentos de sopro foram proibidos. Só poderiam participar entidades registradas como sociedades recreativas civis.
Esse carnaval disciplinado e patriótico não nasceu só por imposição do governo: os grupos também aderiram espontaneamente a ele. A Deixa Falar, primeira escola de samba de que se tem notícia, desfilou em 1929 usando comissão de frente cavalos da Polícia Militar do Rio de Janeiro. Três anos depois, o samba-enredo da escola era Primavera e a Revolução de Outubro, em homenagem à tomada de poder de Getúlio Vargas em outubro de 1930. A apresentação contou com participantes vestidos de militares. Não fosse a influência do fascismo italiano, o famoso desfile do carnaval brasileiro não existiria. E, sem ele, o samba que conhecemos hoje seria também muito diferente. O mesmo patriotismo que deu um empurrão ao desfile de carnaval provocou a folclorização do samba.
O SAMBA ANTES DO FOLCLORE
Costuma-se contar a história do samba em dois momentos opostos.
O primeiro, quando os sambistas eram perseguidos pela polícia - que reprimia manifestações culturais dos negros - e obrigados a tocar escondidos, em vielas dos morros e fundos de quintal. No segundo momento acontece o contrário: o governo passa a incentivar o carnaval e as músicas populares. Em 1995, com a publicação do livro O Mistério do Samba, o antropólogo Hermano Vianna revelou que a mudança de postura com relação à música não aconteceu assim tão de repente. Estilos negros e populares faziam parte de festas dos ricos e famosos séculos antes de o desfile das escolas de samba virar uma festa oficial. Em 1802, por exemplo, o comerciante inglês Thomas Lindley escreveu que as festas dos baianos ricos eram animadas pela ”sedutora dança dos negros, misto de coreografia africana e fandangos espanhóis e portugueses”. Até mesmo em Portugal os músicos populares brasileiros eram bem recebidos. No fim do século 18, poucos anos antes de a corte portuguesa fugir para o Brasil, o músico Caldas Barbosa, mestiço filho de uma escrava, encantou a corte de dona Maria Primeira, a rainha louca, tocando lundus.
Hermano Vianna revelou também que o samba, em sua origem, tinha muito pouco de folclórico ou nacionalista. Os estilos europeus fazem parte da raiz ancestral do samba tanto ou mais que a percussão africana. Os primeiros sambistas liam partituras, tocavam instrumentos clássicos, participavam de bandas de jazz, adoravam ouvir tango e conhecer as novidades musicais nos cabarés parisienses. A cara que o samba tem hoje, de símbolo da ”autenticidade brasileira” e da resistência da cultura negra dos morros cariocas, é uma criação mais recente, que de certa forma abafou a primeira. Afirma Vianna em O Mistério do Samba:
O samba não se transformou em música nacional através dos esforços de um grupo social ou étnico (o ”morro”). Muitos grupos e indivíduos (negros, ciganos, baianos, cariocas, intelectuais, políticos, folcloristas, compositores eruditos, franceses, milionários, poetas - e até mesmo um embaixador Americano) participaram, com maior ou menor tenacidade, de sua ”fixação” como gênero musical de sua nacionalização. Os dois processos não podem ser separados. Nunca existiu um samba pronto, ”autêntico”, depois transformado em música nacional.
Um exemplo de que o primeiro samba não tinha nada de folclórico são dois pioneiros desse estilo musical: Pixinguinha e Donga, que em 1917 registrou o primeiro samba gravado na história. Os dois começaram a tocar juntos na década de 1910, provavelmente na casa da baiana Hilária Batista da Silva, a tia Ciata, na Praça Onze, centro do Rio de Janeiro. O quintal dessa casa é frequentemente apontado como ”berço do samba”, o lugar que abrigou o nascimento mítico desse novo estilo musical. Negra baiana que migrou para o Rio ainda no século 19, Ciata vendia doces vestindo turbante e saia do candomblé. Era a típica figura que inspirou a ala das baianas do desfile das escolas. À noite e nos fins de semana, músicos, políticos, intelectuais, jornalistas e amigos iam para o samba na casa dela - até então, ”samba” significava um evento, uma festa e não um tipo de música. O novo estilo saiu da criatividade daquele grupo de amigos.
Acontece que as composições que surgiram da casa da baiana tinham muito pouco do samba que hoje anima a Sapucaí. Lembravam mais o maxixe, o ”tango brasileiro”, ritmo dançado a dois derivado de polcas europeias. Instrumentos de sopro eram comuns - com sua flauta, Pixinguinha era um dos protagonistas daquelas festas. O escritor Mário de Andrade, no livro Música de Feitiçaria do Brasil, escreveu que a própria tia Ciata ”passava os dias de violão no colo inventando melodias maxixadas”.
Pelo Telefone, grande sucesso daquele grupo, também lembra mais o maxixe que a percussão das escolas de samba. Apesar de ter sido provavelmente uma criação coletiva, foi registrado por Donga, estourando no carnaval de 1917. ”Fiz o samba, não procurando me afastar muito do maxixe, música que estava bastante em voga”, contou o sambista décadas depois. Os músicos da casa da tia Ciata tampouco se achavam defensores de uma etnia, de uma tradição ancestral ou de um símbolo nacional. Pelo Telefone citava uma tecnologia e um jogo tão novos para aquela época quanto o GPS portátil e o pôquer online um século depois: ”O chefe da polícia pelo telefone mandou me avisar que na Carioca tem uma roleta para se jogar”.
Em 1919, Donga e Pixinguinha criaram a banda. Os Oito Batutas para animar a sala de espera do Cine Palais, no Rio de Janeiro. Essa banda foi a primeira a divulgar o samba pelo mundo. Seus integrantes tocavam piano e instrumentos de sopro, apresentavam-se vestindo ternos e sapatos engraxados - o grupo lembrava uma jazz band americana. Como um conjunto de festas de casamento e formaturas nos dias de hoje, tocavam de tudo: lundus, polcas, batuques, músicas sertanejas, maxixes e sambas. Esse repertório eclético rendeu a eles shows pelo mundo. Os Oito Batutas se apresentaram para os reis da Bélgica quando visitaram o Brasil, na embaixada americana (o embaixador admirava o grupo), no pavilhão da fábrica da General Motors e até mesmo para a princesa Isabel e a família real brasileira em exílio na França. Entre fevereiro de 1922 e abril de 1923, passaram seis meses tocando na boate Le Schéhérazade, de Paris, e outros seis se apresentando em teatros de Buenos Aires. Durante a viagem à França, entre cafés e cabarés cheios de novidades musicais, eles se apaixonaram pelo jazz. Ainda em Paris, Pixinguinha ganhou um saxofone de presente. ”Alguns anos mais tarde (fins de 1927), os Oito Batutas circulam pelo sul do Brasil”, conta o antropólogo Luís Fernando Hering Coelho. ”O programa da apresentação no Teatro Álvaro de Carvalho, em Florianópolis, no dia 28 de agosto de 1927 os anuncia como Jazz-Band Os Batutas, e no repertório há sambas, marchas, emboladas, maxixes, e músicas do repertório jazzístico como Who?, Beautiful Girl, Black Bottom, One Step.”
Também era fascinado pela música internacional o flautista, pianista e violonista Sinhô. Uma espécie de Roberto Carlos da década de 1920, Sinhô tinha o apelido de ”o rei do samba”. Deve-se a ele a fixação do samba como um estilo musical que pôde ser descoberto pelas gravadoras de discos. ”O que há de mais povo e de mais carioca tinha em Sinhô a sua personificação típica”, escreveu o poeta Manuel Bandeira, admirador do sambista. Sinhô encantou o Rio de Janeiro compondo valsas, maxixes, fox, charleston, toadas, fados, e chegou a gravar sambas com orquestras. Essa ”personificação típica” do povo ligava pouco para a arte popular. Suas marchinhas carnavalescas eram quase cópias de canções europeias. Numa tarde de 1920, quando tentava divulgar partituras de suas músicas na Casa Beethoven, no Rio de Janeiro, ouviu uma freguesa assobiar a valsa francesa C’est pas Difficile. Fascinado com a canção, foi para casa e tentou repetir a melodia no piano. Trocando algumas notas e adicionando outras, criou a marchinha Pé de Anjo, caçoando do pé grande de China, irmão de Pixinguinha. A música foi o hit do carnaval de 1920.
Assim era o samba brasileiro — inspirado nas novidades europeias e americanas e formado por instrumentos de sopro e piano - até uma ideologia antiga ganhar músculos por aqui: o nacionalismo. Contorcendo a cabeça dos artistas, o nacionalismo provocou o nascimento de um novo samba. Antes de chegar a esse novo estilo musical, é bom dar uma volta pelo tipo de nacionalismo que nasceu no Brasil e o modo como ele criou a imagem que hoje temos do país.
O SAMBA DEPOIS DO FOLCLORE
Durante a garimpagem daquilo que era exótico na cultura brasileira, a primeira leva do samba era cosmopolita demais. No decorrer da década de 1920, Pixinguinha, Donga e Sinhô levaram pedradas da crítica porque suas composições pareciam pouco brasileiras. Em 1928, o crítico Cruz Cordeiro, da revista Phono-Arte, condenou a influência estrangeira em duas composições de Pixinguinha e Donga: Não podemos deixar de notar que em suas músicas não se encontra um caráter perfeitamente típico. A influência das melodias e mesmo do ritmo das músicas norte-americanas é, nesses dois choros, bem evidente.
Este fato nos causou sérias surpresas porquanto sabemos que os compositores são dois dos melhores autores da música típica nacional. Dois anos depois, Cruz Cordeiro, prestes a virar diretor artístico da RCA Victor, a principal gravadora do país, não recomendou a seus leitores o disco que continha nada menos que Carinhoso, a obra-prima de Pixinguinha. Seus argumentos: Parece que o nosso popular compositor anda muito influenciado pelo ritmo e pela melodia da música de jazz. É o que temos notado desde algum tempo, mais de uma vez. Nesse seu choro, cuja introdução é um verdadeiro fox-trot, apresenta em seu decorrer combinações da música popular yankee. Não nos agradou.
Essa patrulha ideológica predominava. O próprio Mário de Andrade participou dela. Em cartas e artigos do fim da década de 1920, ele fala várias vezes da importância do folclore para a música brasileira. Numa carta ao escritor Joaquim Inojosa, diz que ”o compositor brasileiro tem de se basear quer como documentação quer como inspiração no folclore” porque senão ”não faz música brasileira não”. Chega até a usar a expressão ”influência deletéria do urbanismo”:
Nas maiores cidades do país, no Rio de Janeiro, no Recife, em Belém, apesar de todo progresso, internacionalismo e cultura, encontram-se núcleos legítimos de música popular em que a influência deletéria do urbanismo não penetra. Um episódio demonstra como os intelectuais modernistas selecionaram só o que era exótico na cultura brasileira. Na década de 1920, Mário de Andrade conheceu Pixinguinha durante uma apresentação dos Oito Batutas em São Paulo. O escritor se interessou pouco pela música do grupo: queria mesmo era saber de folclore. Estava escrevendo Macunaíma e precisava conversar com algum negro que lhe desse detalhes dos rituais de macumba. Pixinguinha explicou como o candomblé funcionava e acabou virando personagem do romance de Mário de Andrade. Ganhou no livro um retrato folclórico: ”negrão filho de Ogum, bexiguento e fadista de profissão”. O trecho aparece no sétimo capítulo, quando Macunaíma vai a um terreiro de macumba do Rio de Janeiro da mãe de santo tia Ciata, aquela em cuja casa nasceu o samba. Na vida real, ela não era exótica: casada com um funcionário público, fazia das recepções em casa ocasiões
sociais frequentadas por jornalistas e políticos. Mas, no livro, também aparece folclorizada, como uma sinistra mãe de santo, ”negra velha com um século de sofrimento, javevó e galguincha com a cabeleira branca esparramada”.
A macumba para turistas que tanto fascinava os escritores logo teve um equivalente musical. Trata-se do ”samba do Estácio”, estilo surgido no fim da década de 1920. Ao contrário das músicas da primeira leva, as novas não lembravam o maxixe, e sim a marcha, pois a melodia era pontuada e tamborins e surdos. Muito praticadas em bares e morros como os do Estácio e da Mangueira, eram uma ”maneira mais rudimentar de fazer samba, recorrendo muito ao improviso e a técnicas ’primitivas’, se comparadas às desenvolvidas por sambistas e chorões, como Donga, Sinhô e Pixinguinha”. O estilo ainda facilitava o desfile das escolas, como contou, em 1974, o sambista Ismael Silva, um dos fundadores da escola de samba Deixa Falar. ”No estilo antigo, o samba era assim: tan-tantan-tan-tantan. Não dava. Como é que um bloco ia andar assim na rua? Aí a gente começou a fazer um samba assim: bumbum paticumbumpruburundum.”
Os novos sambistas iam conscientemente contra o estilo anterior. Exaltavam a periferia e os morros do Rio apesar de muitos deles serem brancos e terem uma origem mais abonada que os sambistas da primeira geração. Carlos Alberto Ferreira Braga, o Braguinha, autor de clássicos tanto da primeira quanto da segunda leva (ajudou a escrever a letra de Carinhoso e de marchinhas clássicas, como Chiquita Bacana e Balancê) era filho de um industrial e estudava arquitetura na Escola Nacional de Belas Artes. Noel Rosa, o mais criativo dos compositores de sambas do Estácio, estudou no tradicional Colégio de São Bento e chegou a entrar na faculdade de Medicina. Como outros sambistas dessa geração, Noel Rosa adotou o marketing da pobreza, fazendo de si um representante da periferia carioca. ”Noel vestiu rigorosamente o figurino do samba do Estácio e desconsiderou o resto. Em seus sambas ocorrem várias saudações a quase todos os recantos do samba no Rio de Janeiro, quase todos ligados às recentes escolas de samba e que faziam sambas nos moldes do Estácio: Mangueira, Salgueiro, Osvaldo Cruz, Madureira etc.”, escreveu o historiador José Adriano Fenerick. ”No entanto, Noel nunca se referiu à Cidade Nova, local de onde saíram os sambistas da geração de Donga e Pixinguinha, como sendo reduto de bambas. Ele, num primeiro momento, desloca o samba do fundo das casas das tias baianas para o morro e o subúrbio [...].”
O marketing da pobreza deu certo. No meio da década de 1930, o novo estilo já carregava a imagem de expressão cultural dos morros e dos negros. Tinha se tornado folclore, um valor cultural que deveria ser preservado e protegido de influências externas. Em 25 de fevereiro de 1936, o jornalista Carlos Lacerda escreveu no Diário Carioca:
O samba nasce do povo e deve ficar com ele. O samba elegante das festanças oficiais é deformado: sofre as deformações na passagem de música dos pobres para divertimento dos ricos. O samba tem de ser admirado onde ele nasce, e não depois de roubado aos seus criadores e transformado em salada musical para dar lucros aos industriais da música popular. O samba é música de classe. O lirismo da raça negra vive nele. Já nessa época, Carlos Lacerda falava da música dos pobres como se ela fosse o samba original, que luta para não ser deformado pelo capitalismo. Na verdade, aconteceu o oposto. O samba nasceu com músicos que queriam ganhar a vida e agradar o público, e não fazer autoetnografia. ”O interessante é que o ’autêntico’ nasce do ’impuro’, e não o contrário, mas em momento posterior o ’autêntico’ passa a posar de primeiro e original, ou pelo menos de mais próximo das ’raízes’”, afirma o antropólogo Hermano Vianna no livro O Mistério do Samba. Ele acrescenta: Não se pode dizer que as escolas de samba fossem fenômenos puros, mas se criou em torno delas um aparato que defende essa pureza, condenando toda modificação introduzida no samba.
Os primeiros sambistas, aqueles que também tocavam jazz e maxixe, morreram irritados com os músicos do morro. Em janeiro de 1930, Sinhô se queixou ao jornal Diário Carioca:
A evolução do samba! Com franqueza, eu não sei se ao que ora se observa, devemos chamar evolução. Repare bem as músicas deste ano. Os seus autores, querendo introduzir novidades ou embelezá-las, fogem por completo ao ritmo do samba. O samba, meu caro amigo, tem a sua toada e não pode fugir dela. Os modernistas, porém, escrevem umas coisas muito parecidas com marcha e dizem ”samba”. E lá vem sempre a mesma coisa: ”Mulher! Mulher! Vou deixar a malandragem”. ”A malandragem eu deixei”. ”Nossa Senhora da Penha”. ”Nosso Senhor do Bonfim”. Enfim, não fogem disso.
No fim dos anos 1960, o jornalista Sérgio Cabral (pai do governador do Rio de Janeiro) testemunhou um debate entre Donga, o rei do primeiro samba, e Ismael Silva, cofundador do segundo estilo. A discussão começou quando os dois tiveram que responder à pergunta: ”Qual o verdadeiro samba?”
DONGA: Ué, samba é isso há muito tempo:
O chefe da polícia
Pelo telefone
Mandou me avisar
Que na Carioca
Tem uma roleta para se jogar...
ISMAEL: Isso é maxixe!
DONGA: Então o que é samba?
ISMAEL: Se você jurar
Que me tem amor
Eu posso me regenerar
Mas se é
Para fingir, mulher
A orgia, assim não vou deixar
DONGA: Isso é marcha!
Apesar do desdém dos velhos compositores, o samba do Estácio, acompanhando o enredo das escolas, ganhou o país pelas rádios e como propaganda de Getúlio Vargas. Grupos de samba faziam parte de apresentações folclóricas de eventos oficiais, ao lado de danças indígenas. A Hora do Brasil, programa criado pelo governo Vargas, incluía sambas das escolas na sua programação. Em 29 de janeiro de 1936, a Estação Primeira de Mangueira comemorou o fato de seus sambas terem sido transmitidos, numa edição especial do programa, para a rádio nacional da Alemanha nazista. Enquanto censurava rádios e jornais, amedrontava escritores e artistas e proibia imigrantes europeus de falar línguas estrangeiras em público, o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) financiava nos blocos de carnaval e concursos carnavalescos. A transformação do samba de música regional a ícone nacional deve muito a Getúlio Vargas. Mas não só a ele. Também é resultado da influência de outro personagem famoso: o Pato Donald.
No fim da década de 1930, o samba se confundia tanto com o Brasil que foi possível existir uma criatura estranha — o samba-cívico. Os músicos adulavam o país e o presidente. A composição É Negócio Casar, composta por Ataulfo Alves e Felisberto Martins, em 1941, fala que ”O Estado Novo veio para nos orientar. No Brasil não falta nada, mas precisa trabalhar”. Salve 19 de Abril, criado em 1943, comemora o aniversário de Getúlio Vargas, que segundo a música ”veio ao mundo porque Deus quis, o timoneiro que está com o leme do meu país”. Ministério da Economia, também de 1943, conta que as coisas melhoraram: ”Sua Excelência mostrou que é de fato, agora tudo vai ficar barato, agora o pobre já pode comer, até encher”.O grande clássico do samba cívico foi Aquarela do Brasil, de Ary Barroso. Composto seis anos depois que Gilberto Freyre publicou Casa-Grande e Senzala, a letra já associava o Brasil aos mulatos: ”Brasil, meu Brasil brasileiro, meu mulato inzoneiro, vou cantar-te nos meus versos”. A música de Ary Barroso estourou no Brasil pouco antes de Walt Disney, criador do Mickey e do Pato Donald, fazer uma visita ao Rio. Acabou virando trilha sonora do desenho animado Alô, Amigos, de 1942. No desenho, o Pato Donald conhece um novo personagem, chamado Zé Carioca. Os dois amigos andam por um calçadão carioca, tomam cachaça - o Pato Donald engasga com a bebida enquanto Zé Carioca toca uma caixinha de fósforo - e sambam com Carmen Miranda. Nada poderia ser mais significativo para os brasileiros. Na década de 1940, o Brasil era rural e pobre - não participava da lista das trinta maiores economias do mundo. De repente, a nação que poucas décadas antes se considerava uma reunião de párias e degenerados ganhou uma homenagem da Disney, referência artística de um dos países mais poderosos. O transtorno bipolar chegou ao pico de euforia.
Foi assim que o samba virou o símbolo da nação e do povo brasileiro. Sua ascensão tem pouca coisa de pura e autêntica: veio da variação de um estilo anterior, nacionalizou-se com a obsessão dos artistas com o exótico, o interesse de um presidente fascista e a influência de um desenho animado. Uma música não é necessariamente ruim por ter surgido desse jeito - afinal de contas, se existir algum estilo original ou puro, ele
deve ser chatíssimo. Não é exatamente o samba que é chato de ouvir, e sim tanta gente propagando a ladainha de que ele remete à raiz autêntica brasileira.
Sobretudo porque isso faz mal à música. Em outros países com cultura negra, a música popular não fez cara feia para modernidades e se ligou na tomada, adotando instrumentos eletrônicos. O jazz, apesar de ter sido usado como propaganda americana, não se tornou ícone de identidade nacional dentro do país. Isso deixou o estilo livre para se misturar e se diversificar - ainda hoje renasce em tipos diferentes. No caso do samba, sempre que alguém tentou alterá-lo, levou pedradas. Em julho de 1940, no primeiro show no Brasil depois de uma temporada nos Estados Unidos, Carmen Miranda cantou sambas em inglês no Cassino da Urca. A plateia, cheia de políticos do Estado Novo, recebeu a cantora com um silêncio constrangedor (depois ela revidaria com a música ”Disseram que eu voltei americanizada...”). Quando João Gilberto misturou o samba com o jazz, criando a bossa nova, mais pedradas: o novo estilo seria resultado da ”alienação das elites brasileiras”, escreveu o crítico José Ramos Tinhorão.
Não é só o samba que sofre com esse patrulhamento. Uma crítica parecida atingiu o movimento mangue beat, criado pelo pernambucano Chico Science. O escritor Ariano Suassuna, enfadonho defensor da pureza cultural pernambucana, criticava (ainda na década de 1990) o criador do mangue beat por misturar a cultura do estado com coisas de fora. Como propuseram os integralistas décadas antes, Suassuna gostava apenas do que era folclórico - a parte ”Chico”. ”Com sua parte Science eu não quero negócio não”, dizia ao músico. Os próprios sambistas parecem obcecados em deixar o estilo numa jaula de vidro que todos devem apreciar. ”Não deixe o samba morrer, não deixe o samba acabar”, afirma uma composição. ”Tá legal, eu aceito o argumento, mas não altere o samba tanto assim”, diz Paulinho da Viola.
Com tanta preocupação em cultuar o exótico, alguma escola de samba poderia homenagear o Blanka, personagem brasileiro no videogame Street Fighter dois. Nesse clássico dos fliperamas dos anos 1990, o jogador pode escolher seu lutador entre vários, cada um representante de uma nação. O japonês Ryu é o galã: especialista em artes marciais, luta com um quimono rasgado nos braços, deixando os bíceps à mostra. Ken, representante americano, também é uma pessoa normal. Nenhum jogador é tão fiel à pátria quanto Blanka. O brasileiro é um monstro corcunda com o corpo verde e o cabelo laranja, que dá choques elétricos como um peixe amazônico, chupa o cérebro dos adversários e parece mentalmente menos capaz. De tão exótico, feio e colorido, parece ter saído direto da Sapucaí.
Parece-me que o nosso querido historiador Marcos Vinícius acha que tal escritor está mais para louco, veja aqui
terça-feira, 1 de novembro de 2011
ALDEIA SONORA NA SINTONIA DO SAMBA 21.10.11
Esse programa foi ao ar no dia 21/10/2011O bamba da Aldeia foi o Mestre Da Costa
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
DÉCADA DE 90, TRANSIÇÃO OU MALDIÇÃO DO SAMBA?
O samba viveu tempos importantes para a sua história e para a forma de como ele está hoje em dia, tempo de repressão, tempo de glória, tempo de enfraquecimento e até tempo de ressurreição.
Na década de 10 houve a gravação do primeiro samba, mas especificamente em 1917, de autoria de Donga (até hoje há controvérsias sobre o autor), época que ainda os sambistas eram perseguidos pelo polícia e quem batucasse, fizesse samba na rua era preso. Na década de 20 os sambistas passam a ser procurados por grandes cantores que queriam letras, composições para seus discos e para cantarem nas rádios, nesse período começa intensamente a famosa venda de composições. No final da década de 50 surge a Bossa-Nova, que gerou uma imensa discussão entre os Bambas da época, uns a favor da “modernização” do samba, pois pela primeira vez desciam os morros e iam parar direto na zona sul, outros eram contra, com o argumento da “apropriação indevida” de uma cultura ou devido a “comercialização” de uma arte. Na década de 80 surge um novo modo de fazer samba, com novos instrumentos, novos compositores, estilo de batucar diferente, esse foi o movimento denominado: Cacique de Ramos, porque surgiu na quadro do bloco carnavalesco com o mesmo nome.
Chega a década de 90, surge um novo jeito de explorar a cultura, seus Bambas não eram mais vestidos com ternos de linho, agora eram roupas apertadas e coloridas, cordões e pulseiras de ouro pelo corpo, o gingado da malandragem abria passagem para o rebolado sensual, vários grupos surgiram e a palavra pagode, que antes representava as reuniões feitas por sambistas para cantarem samba, passou a ser usada como se fosse um novo ritmo (a explicação para a piada infame: Por que o Zeca Pagodinho toca samba e o Exaltasamba toca pagode? É essa!!! O Zeca era chamado de pagodinho porque vivia nas rodas de samba, ou seja, nas reuniões de bambas que eram chamadas de pagode e o Exalta no início da carreira tocava samba de raiz, a mudança de estilo veio depois, pronto! Não me contem essa piada novamente). O movimento de 90 foi o que mais mudou a essência daquele primeiro samba de Donga, a juventude da época que queria estudar o samba ou apresentá-lo de forma inicial (raiz) recorriam a década anterior (1980), daí a importância do Cacique de Ramos , ele foi um primeiro degrau para uma juventude que iria se aprofundar ainda mais no samba, depois da busca pelo Cacique a maioria passa a conhecer os grandes Bambas, como: Cartola, Noel e outros, por isso o movimento do Cacique de Ramos foi tão importante, é uma ponte para novos conhecimentos, uma espécie de túnel do tempo que levava para o passado. Hoje alguns desses fundadores do Cacique até fazem um estilo mais próximo da década de 90, mas já obtiveram suas importâncias.
De 1990 em diante os sambistas (que cultivam a essência primária do samba) tiveram que sofrer a equiparação com um estilo totalmente diferente, porém, tido como igual. Lembro que em tudo existem exceções e devem ter surgidos na década de 90 bons sambistas, embora não lembre agora. O que aconteceu na época foi que os novos grupos escreviam suas composições no estilo da música sertaneja (que também já sofria mudanças), um sucesso na época, e juntavam com a batida do samba, que tinham aqueles mesmos instrumentos criados no Cacique.
Não estou criticando o novo estilo da década de 90, só pergunto: DECÁDA DE 90, TRANSIÇÃO OU MALDIÇÃO DO SAMBA?
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
Por dentro das quadras (com Samuel Luz, o Manin)
Olá caros bambas de plantão, eis que apareço novamente nesse espaço depois de tanto tempo para falar de um assunto muito especial: o samba da minha Portela querida! Sim, esse ano temos um samba enredo de primeira categoria. Mas primeiramente, faremos um apanhado geral do carnaval carioca.
No carnaval de 2011, podemos dizer que o grande destaque foi a cadência que as baterias das escolas apresentaram, deixaram um pouco de lado aquela correria que, infelizmente, já estávamos acostumados. Tomara que não tenha sido uma situação pontual, que esse ano confirmem esse retorno tão esperado da cadência no samba. Quando um samba é cadenciado, é mais gostoso de se ouvir e cantar. A bateria trabalha em função do samba, e não o contrário.
Para o carnaval de 2012, já podemos destacar que as escolas de samba escolheram grandes enredos para desfilar. Destaco, além da Portela, Vila Isabel, Mangueira, Imperatriz, Renascer de Jacarepaguá, Grande Rio e, no Grupo de Acesso porém não menos importante, Império Serrano. Gravem uma coisa amigos: enredo bom rende uma boa safra de samba e, se tudo correr como esperado, será escolhido um bom samba na escola.
Voltando ao tema, Manin, então quer dizer que samba bom é que tem 3 refrões e é cantado em tom menor, como esse da Portela? Essa é a nova “tendência”? Não amigos, não é nada disso. O que faz desse samba da Portela importante é que ele foi feito com liberdade, os compositores não se apegaram a nenhuma fórmula ou jeito de fazer. Na final, esse samba de Wanderlei Monteiro ganhou de 2 sambas muito bons, mas não ganhou porque era diferente, e sim porque era melhor, era o que a comunidade queria.
Acho que a Portela tem tudo pra fazer um desfile muito bom, com um samba que vai ser cantado com muita garra pela escola (como sempre, por sinal) e, me arriscando a palpitar no campo mais técnico, dá muitas possibilidades para a bateria Tabajara do Samba usar a criatividade em algumas partes, pois o samba em algumas partes tem um canto mais pausado e em outros acelerado.
Acredito realmente que podemos estar presenciando um resgate de valores no carnaval carioca. Uma revolução não se faz da noite pro dia, ela é silenciosa. Mas não podemos descansar e achar que a partir de agora toda bateria vai ser cadenciada e todo samba escolhido pelas escolas vão ser nota 10 (não a nota 10 dos jurados, por favor. Falo de um samba nota 10 mesmo!).
Já dizia Pintado e Neném, “depois que o visual virou quesito (...) o samba perdeu a sua pujança...”
Mas como uma imagem fala mais que mil palavras, sugiro que assistam esse vídeo, é o momento que a comunidade soube qual era o samba campeão. Vejam e notem a alegria geral.
Letra do samba da Portela para o carnaval 2012:
Compositores: Wanderley Monteiro, Luiz Carlos Máximo, Toninho Nascimento e Naldo
Meu rei
Senhor do Bonfim alumia
Os caminhos da Portela
Que eu guardo no meu patuá
Eu vim na proteção dos meus guias
Com Clara guerreira à Bahia
Cheguei, eu cheguei pra festejar
Deixa lavar, nos altares e terreiros
Tem jarro com água de cheiro
Vou jogar flores no mar
No mar
Procissão dos navegantes
Eu também sou almirante BIS
De nossa senhora Iemanjá
Vou no gongá
Bater tambor
Rezo no altar
Levo o andor
Vem chegando os batuqueiros
Desce a ladeira meu amor
Que a patuscada começou
Eu vim pra rua
Onde o samba de roda chegou
Iaiá
De saia rendada em cetim
Bota o tempero na festa BIS
Oi, tem abará e quindim
Portela cheia de encantos
Acolhe a Bahia em seu canto
Com festas, rezas, rituais
Vestido de azul e branco
Eu venho estender o nosso manto
Aos meus santos do samba que são Orixás
Madureira sobe o Pelô... Tem capoeira
Na batida do tambor... Samba Ioiô
Rola o toque de Olodum... Lá na Ribeira BIS
A Bahia me chamou
Ouça o samba nesse link:
Portela 2012 - Wanderley Monteiro, Luiz Carlos Máximo, Toninho Nascimento & Naldo.mp3
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
ALDEIA SONORA NA SINTONIA DO SAMBA 14/10/2011
Caros Bambas, acho que vocês sabem, todas às sextas apresento o programa ALDEIA SONORA NA SINTONIA DO SAMBA, na Aldeia FM, às 21:30h, um dos ouvintes do programa meu amigo João Gabriel me deu a idéia e sugestão de postar aqui toda semana o áudio do programa anterior, então, se você não teve como ouvir o programa na sexta, terá a oportunidade de ouvir aqui no blog. Ouçam e fiquem a vontade para fazer pedidos nos comentários para o programa da próxima sexta.
Esse programa foi ao ar no dia 14 de outubro de 2011, o bamba da Aldeia desse programa foi Dorival Caymi (Bamba da Aldeia é um qudro em que falo de forma simplificada de um compositor e toco músicas dele).
Esse programa foi ao ar no dia 14 de outubro de 2011, o bamba da Aldeia desse programa foi Dorival Caymi (Bamba da Aldeia é um qudro em que falo de forma simplificada de um compositor e toco músicas dele).
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
O samba e a solidariedade
O Samba tem a força de fazer com que eu sinta algumas sensações incríveis, essa arte me deixa mais perto de Deus, com certeza, a música, a harmonia, junto com a batucada, vozes em gritos clamando o amor, a realidade, a saudade, esse é o Samba, mais que um ritmo, mais que uma música, o Samba é vida, é acalanto, quando penso que ele já me deu tudo lá vem ele outra vez me surpreender, faço meu os versos de Ivone Lara: "O Samba me deu muito mais do que eu quis", em visita à Colônia Souza Araújo, junto com os irmãos do Clube do Samba ele novamente me deixou pasmo, arrepiado, com aquela sensação de estar em um nível mais próximo da felicidade, eles foram de fato, sem hipocrisia a melhor platéia que já tive, cada sorriso, cada olhar tímido, cada "remelexo" nas cadeiras me fizeram realmente um SER humano. Obrigado Clube do Samba por essa oportunidade, obrigado Samba!
Segue o texto retirado do blog do Clube, escrito pelo Bamba Joseph, visitem: http://clubedosambaacre.blogspot.com/2011/10/visita-colonia-souza-araujo-acao.html
No ultimo sábado, 01 de outubro, o Clube do Samba do Acre realizou sua primeira ação filantrópica, uma visita à comunidade de portadores de Hanseníase, denominada Colônia Souza Araújo, visando levar aos residentes não só os donativos arrecadados junto à sociedade, mas, também, alegria, através da cultura do samba, além de tentar desmitificar um pouco as histórias por trás da doença e amenizar um pouco o preconceito.
Previamente, o Clube do Samba do Acre buscou, através de uma palestra para os membros do clube, realizada pelo médico Hériko Rocha, também membro do clube, esclarecer as formas de transmissão, o histórico e o tratamento da doença, para evitar constrangimentos aos internos.
Saindo da rua que é, além de ponto de encontro, o símbolo do samba acreano, a Francisco Mangabeira, no bairro Aviário, os membros do clube partiram pontualmente às 14h em direção à Colônia, levando cestas básicas, instrumentos e alegria, não faltando, durante a viagem, animação e muito samba.
Durante a visita, os membros do clube realizaram a entrega dos donativos, ofereceram um lanche (patrocinado pela Secretaria de Educação do Estado e pela Ordem Demolay) e, como não poderia deixar de ser, fizeram uma roda de samba muito animada, que contou, inclusive, com a participação de um dos pacientes, o qual era músico, antes de ser acometido pela hanseníase.
Com a frase “Um musico atrai outro”, Anísio Pimentel Melo, 64 anos e portador de Hanseníase desde 1974, que já foi músico profissional, se juntou à roda, revelando que tocou em várias bandas da noite de Rio Branco: “eu tocava na Demônios do Ritmo que era autorizada pelos Demônios da Garoa”, disse, enquanto tocava um tantã com bastante animação. Declarou, também, que só parou de tocar quando estava muito doente, não aguentando os sintomas e a discriminação que a doença traz.
Os resultados da visita superaram as expectativas de todos os membros. Muita alegria foi levada a esses pacientes, os quais vivem isolados e sofrem um preconceito absurdo por causa da doença, o objetivo do Clube do Samba do Acre foi mostrar que não precisamos ter medo dos portadores desta doença e que, na verdade, é nosso dever tentar fazer a vida desses pacientes um pouco menos sofrida.
O CAMINHO
A FESTA
Steve Jobs
Sem palavras, simplesmente fantástico! Essa cutucada na Windows foi clássica, adoro pagode!
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
Quinteto em Branco e Preto
É o seguinte, essa história de dizer que São Paulo é o túmulo do Samba é pura "carmelhagem", primeiro temos um dos maiores bambas de todos os tempos que é paulista, Adoniran Barbosa, e agora temos o melhor grupo de SAMBA da atualidade (junto com o Grupo Samba de Fato) de São Paulo, falo do Quinteto em Branco e Preto, há anos já na estrada, mas como a mídia não dá confiança aos verdadeiros grupos de samba quase ninguém conhece. Comprovem!!!
Salve Quinteto!
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Estrelão!
Um sambinha curto que fiz para o Glorioso Estrelão
ESTRELÃO
VAI COMEÇAR O SHOW NA ARENA DA FLORESTA
A TORCIDA QUER VER GOL
O ESTRELÃO É QUEM COMANDA A FESTA
(REFRÃO)
É O MEU LINDO ESTRELÃO RUMO A SEGUNDA DIVISÃO
NÃO TEM CHORO, NÃO TEM VELA E NEM UM TAL DE TAPETÃO
ESTRELÃO
VAI COMEÇAR O SHOW NA ARENA DA FLORESTA
A TORCIDA QUER VER GOL
O ESTRELÃO É QUEM COMANDA A FESTA
(REFRÃO)
É O MEU LINDO ESTRELÃO RUMO A SEGUNDA DIVISÃO
NÃO TEM CHORO, NÃO TEM VELA E NEM UM TAL DE TAPETÃO
terça-feira, 27 de setembro de 2011
Roqueiros, entendo sua dor!
Vendo o Rock in Rio e analisando a atitude dos roqueiros, senti-me solidário com a dor dos colegas, afinal, há um erro no nome do festival, não sou contra a participação de vários ritmos no evento, porém, Claudia Leite, Ivete, Rihana não são Rock, ou são? Por respeito à “tribo” roqueira é salutar que seja trocado o nome da festa, a questão não tem ligação com gosto musical, ou tradicionalismo e sim, apenas, respeito a um nome de uma cultura, vivemos esse desrespeito aqui em âmbito estadual, aqui um pouco pior, ou vocês acham que Banda Cheiro de amor é samba. Poupe-me! Para bom entendedor meia palavra basta. Samba é Samba, Rock é Rock, Axé é Axé e respeito é respeito. Sei que sou chato, eu e o Regério Ceni.
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
MANGABEIRA É O LUGAR (AO VIVO NO TEATRO HÉLIO MELO)
Mangabeira é o lugar (Brunno Damasceno)
Grupo Roda de Samba ao vivo no teatro Hélio Melo
Grupo Roda de Samba ao vivo no teatro Hélio Melo
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
Esse samba não diz nada (Da Costa)
O documentário sobre o Mestre Da Costa cumpre um papel importante na história do samba acreano, primeiro por homenagear um dos grandes pilares da arte batuqueira de nosso estado e segundo por deixar um registro histórico aos novos bambas, passei e passo por essa dificuldade quando tento pesquisar sobre o samba na terrinha de Galvez.
O filme é uma celebração à arte do Da Costa, não é um daqueles registros piegas que aparece um cidadão falando: "Da Costa nasceu em..."; Não! O documentário é regido por muita gargalhada, sambas e saudade do mestre, parabéns para toda a equipe, ficou fantástico!!!
Assistam!!!
terça-feira, 13 de setembro de 2011
Documentário: ESSE SAMBA NÃO DIZ NADA (Salve mestre Da Costa)
Sábado, às 20h, no Cine Recreio, tem o lançamento do Documentário DA COSTA... ESSE SAMBA NÃO DIZ NADA no qual tive o prazer de participar junto com meus irmãos do Grupo Roda de Samba, Da Costa foi com certeza um dos baluartes do samba acreano, merece que os Bambas encham o teatro para prestar essa homenagem, vamos lá sambistas!!!
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Foi um rio que passou em minha vida (Marcos Vinícius)
Fiz um grande amigo nesse ano, o historiador Marcos Vinicius, um cara com pensamentos esfuziantes e ótimo profissional, posso dizer que foi AMIZADE à primeira vista, acho que por trabalharmos em prol da cultura, ele carioca (terra do samba), enfim, somos dois malucos, hoje ele me ligou direto da cidade maravilhosa e disse: "Cara, fiz um texto que você vai gostar!".
Acertou na veia meu amigo pândego, adorei o texto e por incrível que pareça senti o mesmo ao chegar ao Rio, mas ligado com o Samba, certamente o que está escrito pode ser lido e sentindo também referente a cultura do Samba, é só trocar o Marcos Vinícius por um verdadeiro sambista, a livraria pelo samba de raiz, as lojas de informática por esse "pagode" e substituir o velho saxfonista por todos os bambas que resistem em prol da cultura. Lembrando que adoro o que é novo, mas tem que ser bem feito e com propriedade.
Leiam o texto aqui
Parabéns "Cão"!
terça-feira, 6 de setembro de 2011
Vamos compor para o Samba do Acre não morrer
“Não deixe o samba morrer, não deixe o samba acabar”
O Samba daqui é o mesmo do Rio de Janeiro e do resto do Brasil, enquanto os sambistas acreanos não alertarem para a necessidade de mostrarmos nossa cultura, nosso cotidiano, enfim, compor, sempre seremos sambistas covers, como é bom cantar Cartola, Noel, João Nogueira e outros, mas temos que dar um banho de Acre em nosso Samba, como fez Da Costa, exaltando os personagens Catraieiro e Seringueiro, cantando nossa cidade, glorificando nosso povo, nós no Acre somos mestres em dar nossa “cara” em tudo, mas no Samba estamos devendo, talento temos de sobra, temas não faltam, então mão na massa caros Bambas, como gostaria de ouvir um bom Samba viajando nas palavras “má rapaz”, “é mermo” e etc, temos que dar nossa identidade, como começou Da Costa, fervilhar culturalmente nossas rodas, nossos pagodes, sempre lembrando que o sambista não é aquele que toca samba e sim aquele a quem o samba toca.
Vamos compor?
terça-feira, 30 de agosto de 2011
DESCANSE EM PAZ ILLIPLAY!
Amigo, estou sem pensamentos poéticos para te escrever algo, mas na frente quem sabe consigo ter inspiração para te prestar uma homenagem linda, você merece! Hoje nesse dia tão triste só consigo lembrar dessa canção do Renato Russo.
Vá em paz amigo, como tú farás falta.
Illiplay!!!
Os Bons Morrem Jovens
É tão estranho
Os bons morrem jovens
Assim parece ser
Quando me lembro de você
Que acabou indo embora
Cedo demais
Quando eu lhe dizia
Me apaixono todo dia
É sempre a pessoa errada
Você sorriu e disse
Eu gosto de você também
Só que você foi embora...
Cedo demais!
Eu continuo aqui
Meu trabalho e meus amigos
E me lembro de você
Em dias assim
Dia de chuva
Dia de sol
E o que sinto não sei dizer...
Vai com os anjos
Vai em paz
Era assim todo dia de tarde
A descoberta da amizade
Até a próxima vez...
É tão estranho
Os bons morrem antes
Me lembro de você
E de tanta gente que se foi
Cedo demais!
E cedo demais...
Eu aprendi a ter
Tudo o que sempre quis
Só não aprendi a perder
E eu que tive um começo feliz...
Do resto não sei dizer
Lembro das tardes que passamos juntos
Não é sempre mais eu sei
Que você está bem agora
Só que neste Ano
O verão acabou.
Cedo demais!
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
ROBERTA SÁ
Um som esquisito, um som agradável, um samba moderno, moderno mesmo, com todos os requintes de crueldade ao chamado raiz.
Sempre busquei uma harmonia entre o samba e a modernidade, achei! E não tem nada a ver com mistura do samba com o Rap ou Rock, é o velho samba que admiramos, com letras profundas, com respeito, apenas com novos compositores e fugindo de músicos tradicionais.
Roberta Sá, parabéns! Mostraste-me que estava buscando a modernidade do samba em lugares errados, novidades antigas, mas novas.
O novo samba é com você, continuarei ouvindo Cartola, mas mostrarei teu som ao meu filho, roda menina, vai cantar, vai sambar, vai mostrar a esse país preconceituoso musicalmente (nós músicos) que o novo sempre vem, que o samba não vai morrer, mesmo que ele venha misturado com sons estranhos, adorei, índico!
Pra se ter alegria ROBERTA SÁ!
Sempre busquei uma harmonia entre o samba e a modernidade, achei! E não tem nada a ver com mistura do samba com o Rap ou Rock, é o velho samba que admiramos, com letras profundas, com respeito, apenas com novos compositores e fugindo de músicos tradicionais.
Roberta Sá, parabéns! Mostraste-me que estava buscando a modernidade do samba em lugares errados, novidades antigas, mas novas.
O novo samba é com você, continuarei ouvindo Cartola, mas mostrarei teu som ao meu filho, roda menina, vai cantar, vai sambar, vai mostrar a esse país preconceituoso musicalmente (nós músicos) que o novo sempre vem, que o samba não vai morrer, mesmo que ele venha misturado com sons estranhos, adorei, índico!
Pra se ter alegria ROBERTA SÁ!
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
ALDEIA SONORA NA SINTONIA DO SAMBA
Caros Bambas, fui convidado para apresentar o programa ALDEIA SONORA NA SINTONIA DO SAMBA, hoje é minha estréia como radialista, fico feliz e lisonjeado por ter a oportunidade de estar a frente de um programa que exalta o nosso SAMBA, conto com vocês para que juntos possamos lançar na casa dos acreanos o melhor da nossa cultura. Aguardem novidades !!!
Recado especial e bem particular: Conto com vocês Clube do Samba !!!
Então é assim...
ALDEIA SONORA NA SINTONIA DO SAMBA
TODA SEXTA
ÀS 21:30h
APRESENTAÇÃO: BRUNNO DAMASCENO
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
JUVENAL ANTUNES (VOTO FEMININO)
Quando em 1928 a imprensa adotou a campanha pelo voto feminino imediatamente Juvenal Antunes endossou o movimento em versos.
Antes do mais aqui eu me defino:
Sou a favor do voto feminino!
Eu creio que a mulher pode votar,
Sem que com isso vá deixar de amar.
Uma ojeriza definitiva do vate:
Só não penso em mulher feia,
Seja livre ou seja alheia.
(texto retirado do livro TÃO ACRE, de José Chalub Leite)
Conheça mais as histórias e poesias do Juvenal aqui
terça-feira, 16 de agosto de 2011
Sinhá (Chico Buarque e João Bosco)
Uma canção fantástica do novo cd do Chico Buarque, parceria do Chico Buarque com João Bosco.
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
DA COSTA O SAMBISTA PREFERIDO DA AMAZÔNIA
Com a nobre ajuda do Professor Marcos Vinicius tive acesso a essa matéria do Jornal O RIO BRANCO de 22 de janeiro de 1987, em que o Mestre Da Costa é intitulado como o cantor preferido da amazônia e o Bamba ainda solta uma frase em que eu achei maravilhosa: "Minha voz e minha ginga bastam. Para cantar dispenso luz, fumaça, tralhas eletrônicas de não sei quantos watts de saída. O samba bem brasileiro é o que interessa ao povo".
Dá-lhe Da Costa!!! Nosso samba agoniza mas não morre!!!
Clique na imagem e leia a matéria |
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
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