sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

EXPOSAMBA

Amigos, com minha participação no EXPOSAMBA não tive muito tempo de atualizar o blog, mas deixo alguns vídeos e noticias da minha caminhada no concurso, grande abraço e obrigado a força de todos. Estou na segunda fase e muito feliz com o resultado obtido.

http://2.bp.blogspot.com/-TdlV9vdoHF0/TyHTfeWjPUI/AAAAAAAAIEk/c8u4HCaEkT0/s1600/bruno+damasceno.jpg

http://g1.globo.com/mostra-sao-paulo-exposamba/noticia/2012/01/sp-exposamba-ja-tem-70-selecionados-de-14-estados-e-do-df.html

http://g1.globo.com/mostra-sao-paulo-exposamba/noticia/2012/01/proxima-fase-da-sp-exposamba-tera-shows-de-artistas-famosos.html

http://g1.globo.com/mostra-sao-paulo-exposamba/noticia/2012/01/sp-exposamba-tem-mais-dez-classificados-neste-sabado.html

http://www.agazetadoacre.com/index.php?option=com_content&view=article&id=26075:la-e-ca&catid=113:marcos-vinicius&Itemid=165

http://www.youtube.com/watch?v=vIAZqxGlyp0&feature=youtube_gdata_player

http://www.youtube.com/watch?v=tQhKjaL4h_Y&feature=youtube_gdata_player









Brunno Damasceno

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Extra! Extra! O samba que é o Acre lá!!!!

Fonte: http://www.agazetadoacre.com/index.php?option=com_content&view=article&id=26075:la-e-ca&catid=113:marcos-vinicius&Itemid=165

O Acre tem coisas que são muito interessantes mas, ao mesmo tempo, muito difíceis de compreender. Por exemplo, nunca consegui encontrar uma explicação consistente para o fato de Xapuri produzir tantos e tão bons escritores. Ainda mais se levarmos em consideração que é uma característica que vem de longe e permanece até os dias de hoje. E isso é fácil de constatar, basta lembrar que, para ficar só nos mais notórios, foi de Xapuri que saíram escritores como Océlio de Medeiros, Jorge Kalume e, o maior de todos, Armando Nogueira.

O mesmo parece acontecer com Tarauacá só que na área musical. Será que existe algo de diferente na água daquele rio? Sei lá. Só sei que foi lá que o extraordinário Mozart Donizeti, autor da melodia do hino acreano atuava antes de se mudar para Cruzeiro do Sul, onde perdeu a vida. O certo é que esta importante cidade acreana é um manancial inesgotável de talentos musicais, tais como: Vicente Nery, Auricélio Guedes (criado lá), Zé Pretinho, o Eules (que nasceu em Cruzeiro, cresceu em Tarauacá e toca por aqui), o melhor guitarrista acreano Charles Sampaio e seu irmão Jesus Sampaio, Rogério Craveiro e os meus amigos Aarão Prado, roqueiro do Camundogs e o sambista Brunno Damasceno.

E foi este último que colocou o Acre na ponta do cenário musical deste início do ano. É que a Fábrica do Samba está realizando a “São Paulo Exposamba” com apoio do governo do Estado de São Paulo, da Prefeitura de São Paulo, incentivo cultural do Ministério da Cultura e promoção do portal G1 da Globo. Um evento que busca “fazer com que São Paulo retome o papel que exerceu de 1960 a 1970, de ser a caixa de ressonância da música brasileira, principalmente do samba” afirma José Maria Monteiro, organizador do concurso.

Para transformar a cidade de São Paulo na capital do samba a partir deste mês de janeiro o portal G1 recebeu inscrições de sambas de todo o Brasil. E entre os classificados para participar da fase seletiva está o grupo Roda de Samba, formado por Brunno Damasceno, Anderson Liguth, Paulo Perfeito e Hériko Rocha, concorrendo com uma composição do Brunno, o “Samba de Break” que faz uma critica bem humorada sobre o descaso com o samba de breque aqui no Brasil, ao mesmo tempo em que é sucesso nos Estados Unidos. Para assistir o vídeo do samba acreano basta acessar http://g1.globo.com/videos/mostra-sao-paulo-exposamba/t/geral/v/mostra-sao-paulo-exposamba-BRUNNO-DAMASCENO-CRAVEIRO/1741899).

No fim de semana passado já aconteceu a primeira eliminatória com a apresentação de duzentos concorrentes, dos quais foram classificados os dez melhores na opinião dos jurados e assim continuará acontecendo nos próximos fins de semana para a escolha da melhor nova composição de todo o Brasil, constituindo assim a maior mostra deste estilo musical já realizada no país.
No dia 21 de janeiro, será a vez de Brunno defender sua composição no CEU de Campo Limpo, concorrendo com 19 outros compositores em busca de duas vagas na próxima fase do concurso. Mas, só o fato de estar entre os classificados desta etapa já faz do Brunno e do Grupo Roda de Samba vencedores... O que não impede a galera local de torcer para que o samba do Acre conquiste seu espaço entre os melhores do país.
Acho que vou até apelar para uma antiga tradição de Tarauacá e fazer uma das rezas ensinadas pelo “Pestana Branca” para garantir nosso Brunnão por lá... Afinal, como ele mesmo diz: É nóis, seu pandego!!!!
Marcos Vinicius Neves ( mvneves27@gmail.com Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. )

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

"Vâmo" de Samba!

Grupo Roda de Samba canta SAMBA DE "BREAK" no Idéias da Aldeia

Grupo Roda de Samba canta FUTUROS AMANTES (Chico Buarque)

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

O europeu gosta de Chico Buarque e de Michel Teló

Carta Capital - http://www.cartacapital.com.brPostado por Fernando Vives

Há poucos meses, vivi um dos sonhos da classe emergente brasileira: paguei uns 18 carnês e fui conhecer a Europa pela primeira vez.
 
Em Berlim, cidade de onde aponta o dedo em riste de Angela Merkel para o restante dos vizinhos europeus atolados em dívidas, entrei em uma loja de departamentos, daquelas gigantescas nas quais você pode comprar desde um chaveirinho até um trator, se assim quiser (exagero, claro, mas não muito). Ressalto que esse negócio de crise pegou todo mundo pela Europa, mas a Alemanha discretamente vai muito bem, Danke.
 
Pois bem. Houve um momento dentro daquele templo de consumo (adoro esse clichê, soa sempre tão bonito) que meus ouvidos tupiniquins foram surpreendidos com a familiar melodia de um axé brasileiríssimo, um desses onomatopeicos que há pelo menos 15 anos rimam amor com calor com Pelô. Pensei na hora que o axé já teve momentos interessantes, lá no início dos anos 1990, e depois virou uma cópia de si mesmo que sobrevive até hoje.
 
Mas tudo passa, inclusive aquele axé, imediatamente sucedido por um rap americano moderninho, um desses cantados sempre por um sujeito com boné atolado na cabeça a fazer gestos com as mãos, cuja letra sempre dizia “Fuck! Fuck! Fuck!”, ou coisa parecida. Na sequência, enquanto eu circulava pela loja, a caixa de som soltou um rap alemão, também não muito criativo musicalmente, e uma daquelas canções meladas da Mariah Carey, que fez as louças da seção de cristais fazerem caretas inenarráveis enquanto lutavam para não explodir em depressão profunda com os agudos da cantora.
 
Aí veio a epifania, como se uma jaca caísse na cabeça de Newton: me incomodei com o brasileiríssimo axé no início, mas as músicas que vieram na sequência me fizeram sentir uma saudade imensa, milenar e total daquelas rimas de amor com calor com Pelô. A batida da música é animada e, numa festa, nos convida naturalmente a dar alguns passinhos, o que está longe de ser praxe na música lá fora. Então passei a ver vantagem.
 
A música brasileira desde muito é aplaudida pelo europeu, tanto aquela mais artística quanto a puramente comercial. Em 1989, Chico Buarque gravou um disco ao vivo em Paris, no teatro Le Zenith, que causou palpitações mil nos franceses. Na mesma época, o grupo Kaoma cantou que chorando se foi quem um dia só fez chorar alguém da banda, e também foi aplaudidíssimo pelos franceses, muitos dos quais também deveriam ser fãs de Chico Buarque.
 
E falei sobre tudo isso para chegar no Michel Teló, o cantor paranaense de sertanejo universitário (essa chancela de “universitário” para tipos musicais popularescos, só para tentar atrair as classes mais abastadas, ainda merece um tratado de sociologia sobre o Brasil atual) que se transformou talvez na maior febre musical da Europa nesse inverno de lá. Não preciso detalhar que Teló está muito mais para Kaoma que para Chico Buarque. O fato é que tem muita gente incomodada com o sucesso do sertanejo na Europa, como se ele fosse um embaixador vergonhoso da música brasileira.
 
O sucesso europeu de Teló surgiu quando o jogador português do Real Madrid, Cristiano Ronaldo, marcou um gol e saiu comemorando com a dancinha de “Ai se eu te pego”, o maior hit do cantor, na frente das câmeras junto com o jogador brasileiro Marcelo, seu amigo que apresentou-lhe a música. Aí foi um rastilho de pólvora: há versões da música em espanhol, inglês, holandês e italiano. E algumas outras virão por aí. Já é considerada em vários países a nova Macarena. Hoje, por toda a Europa, dificilmente existe uma festa sem “Ai se eu te pego”. Surrealmente, até o exército israelense entrou na onda: integrantes da sua tropa de elite fizeram um vídeo com a dancinha, o que causou celeuma em Israel.
 
Vale a piada de que a crise na Europa é tão feia que até o Michel Teló anda fazendo sucesso por aquelas bandas. Não gosto da música dele, como não gosto de Mariah Carey. Porém, se começarmos a selecionar música boa da ruim, inevitavelmente cairíamos em uma discussão autoritária e perigosa. Lá fora como no Brasil, há espaço tanto para a música boa e para a música ruim, e essa definição fica a critério de cada um. Eu tenho as minhas, o caro leitor terá as suas próprias. E que bom que os europeus estejam ouvindo os brasileiros. Se tem uma coisa que fazemos melhor que eles, certamente é música popular. Boa ou ruim.