Há 121 anos a Princesa Isabel pôs fim à escravidão, mais precisamente em 13 de maio de 1888, mas será mesmo que foi o fim da escravidão? Será que hoje os negros ainda continuam escravos do preconceito, das faltas de oportunidades?
Comentem !!!
Gostaria de parabenizar a CERNEGRO, todos seus colaboradores, o Presidente Arimatéia e o meu grande amigo Ed Bastos, pelo trabalho e a busca incessante para enfim sermos livres.
100 Anos De Liberdade - Realidade Ou Ilusão?
Será...
Que já raiou a liberdade
Ou se foi tudo ilusão
Será...
Que a lei Áurea tão sonhada
A tanto tempo imaginada
Não foi o fim da escravidão
Hoje dentro da realidade
Onde está a liberdade
Onde está que ninguém viu
Moço...
Não se esqueça que o negro também construiu
As riquezas do nosso Brasil
Pergunte ao criador
Quem pintou esta aquarela
Livre do açoite da senzala
Preso na miséria da favela
Sonhei....
Que Zumbi dos Palmares voltou
A tristeza do negro acabou
Foi uma nova redenção
Senhor..Eis a luta do bem contra o mal
Que tanto sangue derramou
Contra o preconceito racial
O negro samba
Negro joga capoeira
Ele é o rei na verde e rosa da Mangueira
Comentem !!!
Será ?
Axé !!!
Mtos são os mecanismos ideológicos que tentam mascarar essa nova escravidão pois, apesar de os negros, hoje, terem suas "liberdades" estão à mercê de ocupar espaços subaternizados e enfretarem um preconceito arraigado na sociedade,portanto como esse prejuízo é histórico esse processo de mudança e construção tb é histórico, é mediante a entidades como a CERNEGRO que isso se transforma, mesmo q lentamente, é fundamental esses espaços de discussão para desconstruir todo esse discurso que permeia a sociedade para que possa ser dado o real valor ao negro que tanto contribuiu e contribui para nosso país....salve a negritude sempre, mto axé!!!!!
ResponderExcluirquero fazer uma alusão a canção parafraseando a com uma outra chamada o HAITI de CAETANO VELOSO E GILBERTO GIL.
ResponderExcluirleiam a letra:
Haiti
Quando você for convidado pra subir no adro
Da fundação casa de Jorge Amado
Pra ver do alto a fila de soldados, quase todos pretos
Dando porrada na nuca de malandros pretos
De ladrões mulatos e outros quase brancos
Tratados como pretos
Só pra mostrar aos outros quase pretos
(E são quase todos pretos)
E aos quase brancos pobres como pretos
Como é que pretos, pobres e mulatos
E quase brancos quase pretos de tão pobres são tratados
E não importa se os olhos do mundo inteiro
Possam estar por um momento voltados para o largo
Onde os escravos eram castigados
E hoje um batuque um batuque
Com a pureza de meninos uniformizados de escola secundária
Em dia de parada
E a grandeza épica de um povo em formação
Nos atrai, nos deslumbra e estimula
Não importa nada:
Nem o traço do sobrado
Nem a lente do fantástico,
Nem o disco de Paul Simon
Ninguém, ninguém é cidadão
Se você for a festa do pelô, e se você não for
Pense no Haiti, reze pelo Haiti
O Haiti é aqui
O Haiti não é aqui
E na TV se você vir um deputado em pânico mal dissimulado
Diante de qualquer, mas qualquer mesmo, qualquer, qualquer
Plano de educação que pareça fácil
Que pareça fácil e rápido
E vá representar uma ameaça de democratização
Do ensino do primeiro grau
E se esse mesmo deputado defender a adoção da pena capital
E o venerável cardeal disser que vê tanto espírito no feto
E nenhum no marginal
E se, ao furar o sinal, o velho sinal vermelho habitual
Notar um homem mijando na esquina da rua sobre um saco
Brilhante de lixo do Leblon
E quando ouvir o silêncio sorridente de São Paulo
Diante da chacina
111 presos indefesos, mas presos são quase todos pretos
Ou quase pretos, ou quase brancos quase pretos de tão pobres
E pobres são como podres e todos sabem como se tratam os pretos
E quando você for dar uma volta no Caribe
E quando for trepar sem camisinha
E apresentar sua participação inteligente no bloqueio a Cuba
Pense no Haiti, reze pelo Haiti
O Haiti é aqui
O Haiti não é aqui