Tú vieste encarcerado em um navio negreiro, é  certo que ainda não tinhas sua formação, você era totalmente uma sonoridade em  construção, mas que início esfuziante tiveste, mas de que raiz forte vieste,  talvez devido a isso esteja a explicação para tanta resistência, foste açoitado  e humilhado, ao chegar em casa você se adequou rapidamente ao seu lugar, já eram  cúmplices, Brasil e você, dois gigantes.
O tempo passou e o local de seu  nascimento foi questionado, Bahia ou Rio? Tenho certeza que anos após você deu  inspiração a um tal de Noel para escrever em versos que na verdade você nasceu  dentro de nossos corações.
Seus seguidores foram perseguidos, foram  vistos como marginais e mais uma vez você resistiu, tempos depois, de fato,  mudaram sua estrutura, mas erraram quando disseram que você não percebeu.  Percebeste sim, choraste, reclamaste e alguns te ouviram,  socorreram-te.
Hoje de mãos dadas com seu grande parceiro chamado Brasil,  fazes a alegria de um povo. Religião, cultura, modo de ser, não importa como te  classificam, és o eterno Samba, és preto e branco, és pés descalços no chão, és  mente de chapéu nas estrela, parabéns!
Brunno Damasceno